sexta-feira, 23 de abril de 2010

Prisioneira

Querendo correr, fugir, me esconder. Sempre fui guerreira só que por agora ando meio sem forças, sem ânimos para enfrentar meus medos, para seguir batalhando. Minha coragem sempre veio de meu interior, dá minha paz de espírito que sempre foi algo tão natural que nunca precisei de esforços maiores para manter a força que me protegendo, me dava equilíbrio e sempre manteve ‘meu passageiro sombrio’ preso, era tão forte que cheguei até pensar que eu não o tinha, meu outro lado fracassado, mas a minha guerreira inabalável que a tudo suporta foi atingida por um tornado de desordem que veio não sei de qual direção e me abateu como uma simples brisa devasta uma borboleta. Ultimamente meu âmago anda tão confuso, assolado por uma tristeza devastador que se instalou em meu ser e aprisionou minha guerreira onipotente, que se encontra sufocada nesta prisão de gelo e medo. Medo este que até minha imagem refletida no espelho me amedronta imagem esta que já reconheço, pois não reflete mais a minha guerreira que eu sempre via durante anos, muito me assusta. Vê-la prisioneira me provoca amargura, náuseas. Agora me encontro vazia, pois o ‘meu passageiro sombrio’ é assim sem essência, ele é um solitário, que só sabe se lamentar da vida, só que não faz nada para mudar. Espero que minha guerreira consiga sair triunfante desta batalha em meu interior.